31/08/2011

AGONIA DO CORAÇÃO

"Estrelas fulgem da noite em meio
Lembrando círios louros a arder...
E eu tenho a treva dentro do seio...
Astros! velai-vos, que eu vou morrer!

Ao longe cantam. São almas puras
Cantando á hora do adormecer...
E o eco triste sobe ás alturas...
Moças! não cantem, que eu vou morrer!

As mães embalam o berço amigo,
Doce esperança de seu viver...
E eu vou sozinha para o jazigo...
Chorai, crianças, que eu vou morrer!

Pássaros tremem no ninho santo
Pedindo a graça do alvorecer...
Enquanto eu parto desfeita em pranto...
Aves, suspirem, que eu vou morrer!

De lá do campo cheio de rosas
Vem um perfume de entontecer...
Meu Deus! que mágoas tão dolorosas...
Flores! Fechai-vos, que eu vou morrer!"

Auta de Souza


Esse poema faz lembrar os tempos românticos em que os poetas e escritores poetas morriam cedo por causa da doença, também famosa exatamente por isso, a tuberculose, tísica pulmonar, pois dava um mistério incrível aos escritos!
Muitos famosos morreram tísicos,(inclusive a autora dos versos) hoje, pode-se dizer que está erradicada a doença e não mata mais como matava,acho que não está totalmente erradicada, mas bem pouco se ouve falar, se falam é de modo bem velado, portanto...!!!
Mistérios dos tempos do romantismo, mas como pode ser romântico doenças? pois é, mas era!!!!!!

Ivone H Sato

SONETO DA REALIDADE

LINDO DIA DE CHUVA
O AR PARECE RENOVAR
PENA QUE É POR MOMENTOS
LOGO VEM DE NOVO O TORMENTO


DA FALTA DE AR DOS QUE SOFREM 
DO MAL DOS TEMPOS MODERNOS
BRONQUITES, PNEUMONIAS, ASMA
DOENÇAS QUE NÃO DÃO CALMA


QUE PENA QUE É ASSIM, 
VIVER TUDO TEM SEU PREÇO
NEM ADIANTA CONTESTAR


O JEITO É CONVIVER 
COM A FALTA DE AR!!!
OU, NOS MUDAR?! PRA ONDE?


IVONE H SATO